Para ter o meu sustento
Eu pego até no baralho
Pedreiro, encanador
Eu topo qualquer trabalho
No prazo e na qualidade
Eu produzo e nunca falho
Vou dizer modéstia à parte
O que eu faço é grande arte
Meu peso é X, dez X valho
Seu doutor, quero ganhar
Dinheiro suficiente
Para o leite das crianças
E pra eu andar decente
Carece ser bom dinheiro
Vivo, em moeda corrente
Meu trabalho é precioso
Seja então pois cuidadoso
Me pague pontualmente
Meu ofício o senhor vê
É sempre fazer canção
Me acompanho no Cavaco
No Piano e no Violão
Também som instrumental
De sopro e de percussão
Eu canto o que Deus me manda
Samba, forró, boi, ciranda
Seguindo meu coração
A empresa é coisa séria
Se é isso o que o Sr. me diz
Não vejo nenhum problema
De um tudo na vida eu fiz
Varri no chão de uma escola
Serpentina e pó de giz
Operário ouvindo música
Coisa rara, talvez única
Trabalha alegre, feliz.
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